Região de Lisboa
Embora não seja uma nova região, apenas uma troca de denominação, desde o tempo que era conhecida como Estremadura tornou-se uma das regiões mais importantes no cenário vitivinícola de Portugal, com seus vinhedos cultivados há muitos séculos e uma enorme contribuição cultural com vinhos históricos.
Embora não seja uma nova região, apenas uma troca de denominação, desde o tempo que era conhecida como Estremadura tornou-se uma das regiões mais importantes no cenário vitivinícola de Portugal, com seus vinhedos cultivados há muitos séculos e uma enorme contribuição cultural com vinhos históricos.
Em termos de
volume de produção é a mais importante região do país. Está subdividida
em nove sub-regiões, todas classificadas como DOC ou DOP segundo as
novas regras. Vejam a ilustração acima:
1 – Encostas de Aire;
2 – Lourinhã;
3 – Óbidos;
4 – Torres Vedras;
5 – Alenquer;
6 – Arruda;
7 – Colares;
8 – Carcavelos;
9 - Bucelas.
Com uma
desconcertante variedade de vinhos produzidos por diversas castas,
destacam-se as brancas Arinto, Fernão Pires, Malvasia, Seara Nova e
Vital. Entre as tintas encontramos Aragonês, Castelão, Tinta Miúda,
Touriga Franca, Touriga Nacional e Trincadeira. Em termos de terroirs há
um pouco de tudo, desde vinhedos plantados à beira-mar até solos mais
interioranos.
Alguns
produtores são famosos e bem conhecidos no Brasil, por exemplo, Bacalhoa
Vinhos de Portugal e Quinta da Chocapalha. Mas algumas regiões são de
importância histórica como Bucelas, Carcavelos e Colares.
O vinho
branco de Bucelas é produzido desde o tempo dos Romanos. Coube ao Duque
de Wellington levá-lo para o Reino Unido onde se tornou um vinho de
muito sucesso. Hoje a produção é bem pequena, mas a qualidade deste
vinho obtido com a casta Arinto se mantém entre as melhores de Portugal.
A sub-região
de Colares recebeu sua denominação protegida em 1908, embora a produção
vinícola remontasse a 1255 quando D. Afonso III fez a doação do
“Reguengo de Colares”. Seus tintos são especiais, muito escuros e
encorpados, características decorrentes da peculiar localização e
terreno dos vinhedos: junto à costa em solos muito arenosos e soltos. As
castas estão plantadas diretamente na areia, sem enxertos. Foi uma das
poucas regiões que nunca sofreu com a Filoxera.
O “Vinho de
Carcavelos” é um vinho generoso, muito famoso e raro nos dias de hoje.
Sua história remonta ao Reinado de D. José I (1750 a 1777) quando, por
influência do Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, este vinho produzido
na Quinta de Oeiras conquistou fama internacional sendo enviado até para
Pequim. O mesmo Duque de Wellington, já citado, foi outro apreciador e
divulgador das qualidades deste ‘licoroso’.
Atualmente
esta região está dentro de áreas urbanas (grande Lisboa e Estoril) quase
impossibilitando sua produção. Desde 1977 grandes esforços tem sido
feito no sentido de recuperar as áreas produtivas e assegurar uma maior
produção desta preciosidade. Como estratégia de marketing, a nova marca
comercial deste vinho é “Conde de Oeiras”.
Cito o nosso
leitor Laureano Santos, morador de Oeiras: “Dificilmente encontrará à
venda aqui em Portugal, pelo que no Brasil”...
Região do Tejo
Outra região
que apenas mudou sua denominação. A antiga era Ribatejo. Subdivide-se em
Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar. Tem como
característica importante uma legislação mais frouxa que permite, sem
muitas restrições, o plantio de castas ‘estrangeiras’ junto com castas
locais.
Brancas: Arinto, Fernão Pires, Tália, Trincadeira das Pratas e Vital, às quais se juntam Chardonnay e Sauvignon Blanc;
Tintas: Castelão e Trincadeira, além de Aragonez, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Merlot.
Conscientemente
deixamos de mencionar as regiões mais conhecidas e outras que nos
últimos anos deixaram de ser importantes neste cenário. Em breve
voltaremos a escrever sobre o fantástico mundo dos vinhos de Portugal.
Dica da Semana: vamos homenagear os bons tintos da região do Douro.
Dica da Semana: vamos homenagear os bons tintos da região do Douro.
Castas: Uvas: Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional.
Localizada
na margem direita do rio Douro, a meia distância entre a Régua e o
Pinhão, a Quinta do Crasto já figurava no mapa do Barão de Forrester.
Este vinho revela um aroma muito vigoroso de frutos vermelhos, com boas
notas de especiarias. Na boca mostra uma boa estrutura, com taninos
firmes e uma acidez equilibrada. Quinta do Crasto Douro foi ligeiramente
filtrado antes de ser engarrafado.


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