Com a
intenção de padronizar as diversas formas de denominação de vinhos
utilizadas dentro do mercado comum da União Europeia, foi elaborada uma
regulamentação a ser adotada por todos os países produtores. Basicamente
são reconhecidas duas categorias de vinhos, os “Vinhos de Mesa” e os
“Vinhos de Qualidade Produzidos em Regiões Determinadas.” Nesta última é
que se enquadram os vinhos de “Indicação Geográfica Protegida (IGP)” e
os vinhos de “Denominação de Origem Protegida”.
Alguns países
não estão aceitando estas mudanças facilmente. A França, por exemplo,
não quer trocar “AOC” por um “AOP”. Se pensarmos em Alemanha e Itália,
com inúmeras denominações regionais importantes, fica fácil perceber que
a batalha será longa. Mas há vantagens nesta mudança, tanto para o
consumidor quanto para os produtores: para a implantação do novo sistema
será necessária uma ampla atualização das regiões demarcadas, o que vai
implicar em controles mais rígidos sobre o que será produzido,
eliminando o risco do consumidor final comprar ‘gato por lebre’.
O primeiro
país produtor europeu que se adequou às novas regras foi Portugal, e o
fez com muito sucesso. O mapa a seguir, obtido no site “Wines of
Portugal”, mostra todas as regiões produtoras com suas novas
denominações. Algumas se mantiveram, surgiram novas que não existiam e
poucas mudaram de nome (Estremadura virou Lisboa, Ribatejo virou Tejo,
etc.)
Não vamos
detalhar as regiões mais tradicionais como Vinho Verde, Porto e Douro,
Alentejo, Madeira, entre outras. Vamos olhar o que nos é pouco
conhecido. Alguns destes vinhos talvez nunca cheguem por aqui.
A região de Trás-os–Montes é quase uma extensão do Douro e produz vinhos e azeites de 1ª qualidade. Subdividida em três sub-regiões: Chaves, Valpaços e Planalto Mirandês; cultivam as seguintes castas:
A região de Trás-os–Montes é quase uma extensão do Douro e produz vinhos e azeites de 1ª qualidade. Subdividida em três sub-regiões: Chaves, Valpaços e Planalto Mirandês; cultivam as seguintes castas:
Brancas: Côdega do Larinho, Fernão Pires, Gouveio, Malvasia Fina, Rabigato, Síria e Viosinho;
Tintas: Bastardo, Marufo, Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional e Trincadeira.
A região de Távora e Varosa foi demarcada em 1989 e se dedica a produzir espumantes. Foi a primeira a ser certificada como “DOP” em Portugal para este tipo de vinho. Castas cultivadas:
Brancas: Bical, Cerceal, Fernão Pires, Gouveio e Malvasia Fina;
A região de Távora e Varosa foi demarcada em 1989 e se dedica a produzir espumantes. Foi a primeira a ser certificada como “DOP” em Portugal para este tipo de vinho. Castas cultivadas:
Brancas: Bical, Cerceal, Fernão Pires, Gouveio e Malvasia Fina;
Tintas: Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional.
Além destas uvas típicas do país, cultivam a Chardonnay e Pinot Noir, essenciais para espumantes.
Beira do Interior é a região mais montanhosa de Portugal. Seus solos graníticos produzem vinhos muito minerais e bastante típicos. Esta dividida em três sub-regiões: Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira. As duas primeiras, apesar de separadas por cadeias montanhosas, produzem vinhos muito semelhantes. Cova da beira, que se estende desde a conhecida Serra da Estrela até o vale do Rio Tejo, produz vinhos com características próprias. Principais castas:
Beira do Interior é a região mais montanhosa de Portugal. Seus solos graníticos produzem vinhos muito minerais e bastante típicos. Esta dividida em três sub-regiões: Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira. As duas primeiras, apesar de separadas por cadeias montanhosas, produzem vinhos muito semelhantes. Cova da beira, que se estende desde a conhecida Serra da Estrela até o vale do Rio Tejo, produz vinhos com características próprias. Principais castas:
Brancas: Arinto, Fonte Cal, Malvasia Fina, Rabo de Ovelha e Síria;
Tintas: Bastardo, Marufo, Rufete, Tinta Roriz e Touriga Nacional.
Semana que vem mais algumas regiões. Até lá, divirtam-se com a...
Dica da Semana: mais um bom vinho português, elaborado com uma uva internacional.
Cortes de Cima Syrah
Exibe excepcionais frutos silvestres, com especiarias e alguma baunilha. No paladar, os frutos densos estão muito bem integrados, com os taninos do carvalho e o fim de boca persistente e longo.
Tem uma extensa relação de prêmios em várias safras.


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