Faremos uma
pausa na série sobre mitos para relatar o evento que ocorreu nos dias 20
e 21 de novembro, aqui no Rio de Janeiro no espaço Miranda/Lagoon.
Participamos do mais tradicional lançamento de um vinho, que acontece
sempre na 3ª quinta-feira do mês de novembro:
Le Beaujolais Nouveau est arrivée!
Celebra-se a chegada deste jovem
vinho, elaborado com a casta Gamay, que deve ser bebido logo, nada de
envelhecimento ou amadurecimento. Busca-se uma bebida refrescante,
alegre e sem muitos compromissos. Por isto mesmo ela é a cara do Rio de
Janeiro. Depois do Champanhe e do Bordeaux, o Beaujolais é a 3ª marca de
vinho e bebidas mais conhecida no mundo.
Vamos conhecer um pouco sobre este singular vinho.
A casta Gamay é típica da região do Vale do Loire, plantada principalmente na cidade de Beaujolais, que vai dar nome ao vinho. Esta uva tinta tem nome e sobrenome: Gamay Noir à Jus Blanc. É uma cultivar muito antiga, conhecida desde o século XV. Sendo muito produtiva, necessita de solos ácidos para produzir frutos que se transformem em bons vinhos. Atualmente é reconhecida como sendo um cruzamento entre a Pinot Noir e a antiga variedade Gouais.
A casta Gamay é típica da região do Vale do Loire, plantada principalmente na cidade de Beaujolais, que vai dar nome ao vinho. Esta uva tinta tem nome e sobrenome: Gamay Noir à Jus Blanc. É uma cultivar muito antiga, conhecida desde o século XV. Sendo muito produtiva, necessita de solos ácidos para produzir frutos que se transformem em bons vinhos. Atualmente é reconhecida como sendo um cruzamento entre a Pinot Noir e a antiga variedade Gouais.
São cerca de 18.000 hectares plantados produzindo dentro de quatro denominações de origem:
Beaujolais;
Beaujolais Villages;
Cru Beaulolais;
Beaujolais Blanc (Chardonnay) e Beaujolais Rosé.
A primeira
denominação (Beaujolais) é a mais famosa e muito comentada a partir de
novembro, quando se consome o Noveau. Na França o seu lançamento anual é
sempre uma grande festa.
O Villages responde por cerca de 25% da produção desta região. Está dividido em 38 “comunas”.
Os 10 Crus,
tecnicamente os melhores vinhedos, produzem vinhos para serem maturados e
têm características muito interessantes. Cada “Cru” tem seu estilo:
Broully; Chénas; Chiroubles; Côte de Broully; Fleurie; Juliénas; Morgon;
Moulin à Vent; Regnié e Saint-Amour. Tradicionalmente são os vinhos que
celebram a Páscoa dos franceses, o que significa que evoluíram por um
tempo antes de serem consumidos.
O evento foi dividido em dois dias. No primeiro foi feita a apresentação do Noveau, com direito a cerimônia de abertura da 1ª garrafa, feita por uma das mais antigas confrarias, os Compagnons du Beaujolais, que se apresentou a caráter com seus trajes festivos. A parte gastronômica ficou a cargo de grandes Chefs: Roland Villard do Sofitel; Christian Tetedoie, estrelado e condecorado grande mestre da cozinha; Ricardo Lapeyre do restaurante Laguiole no MAM do Rio de Janeiro e Olivier Malarte que trouxe, para o Brasil, a deliciosa “Quenelle de Lyon”.
O evento foi dividido em dois dias. No primeiro foi feita a apresentação do Noveau, com direito a cerimônia de abertura da 1ª garrafa, feita por uma das mais antigas confrarias, os Compagnons du Beaujolais, que se apresentou a caráter com seus trajes festivos. A parte gastronômica ficou a cargo de grandes Chefs: Roland Villard do Sofitel; Christian Tetedoie, estrelado e condecorado grande mestre da cozinha; Ricardo Lapeyre do restaurante Laguiole no MAM do Rio de Janeiro e Olivier Malarte que trouxe, para o Brasil, a deliciosa “Quenelle de Lyon”.
Com este
time, nada podia dar errado. Completando o espetáculo, havia uma tenda
com stands de produtores e patrocinadores do evento além de uma cozinha
de campanha onde as brigadas de cozinheiros dos chefs convidados serviam
deliciosos “amuse bouche” para harmonizar com o vinho.
No primeiro dia éramos recebidos com
um “vin mousseaux” o Rozémoi, espumante produzido com 100% de Gamay. A
próxima atração foi a cerimônia de abertura da 1ª garrafa de Beaujolais
Noveau pelos confrades da "Compagnons du Beaujolais". Coube à Vinicola
Jean Tete representar os diversos produtores desta região. Em seguida o
vinho passou a ser servido bem como uma enorme variedade de
acompanhamentos com o objetivo de demonstrar a grande versatilidade
gastronômica desta singular bebida.
Dentre as várias opções, as que mais
agradaram ao meu paladar foram o Ceviche e um cone de massa recheado com
Tilápia e um creme de banana da terra, sabor que se assemelha muito ao
do Noveau.
Um conjunto
musical interpretava canções brasileiras e francesas promovendo um
agradável clima nostálgico. Para encerrar a noite, a empresa que
organiza o evento Rue des Beaujolais fez uma doação para uma ONG de
cunho social, a Air France, uma das patrocinadoras, sorteou uma passagem
Rio–Lyon–Rio e houve o leilão de uma garrafa Magnun.
O dia seguinte foi igualmente
movimentado. Na primeira parte do evento várias celebrações e a
“entronização” de diversas personalidades do vinho na confraria dos
Compagnons du Beaujolais, o que gerou divertidos momentos.
Em seguida
foram servidos os vinhos dos Crus de Beaujolais e o Villages. Os
produtores apresentados foram previamente selecionados. O resumo do que
foi degustado ficou a cargo do José Paulo Gils:
· Beaujolais Noveau - simples.
· Beaujolais Villages - melhor que o primeiro, nada de extraordinário.
· Juliénas - Rubi vermelhão, a cor e olfato bom na boca, nada demais.
· Moulin à Vent: Este vinho surpreendeu. Cor bela, no nariz intenso e persistente, final longo e agradável. O melhor da noite.
· Chiroubles - Muito bom.
· Morgon - Na boca muito mineral. Também muito bom.
· Brouilly - Outro vinho bom.
· Fleurie - Como vinho leve é bom.
· Côte de Brouilly - Normal.
Os vinhos
Chénas e Saint-Amour não foram degustados. O meu predileto foi o Morgon.
Nenhum destes produtores têm representantes no país.
Na semana que vem retomamos a série sobre mitos.
Na semana que vem retomamos a série sobre mitos.
Dica da Semana: os Crus não são exatamente baratos, mas vale a pena o investimento. Infelizmente o Noveau, por conta do modismo, tem preços superiores...
Beaujolais Morgon 2009 Maison Coquard
Coloração rubi de média intensidade, luminosa. Traz no olfato cereja fresca, pêssego e couro sob marcado fundo mineral.
Ótima estrutura gustativa, os taninos são tradicionalmente mais firmes neste cru, sápido, cativante final.
Ótima estrutura gustativa, os taninos são tradicionalmente mais firmes neste cru, sápido, cativante final.























