Vinhos uruguaios sempre foram muito bons. Existe uma
grande tradição vinícola naquele país e, nos moldes de Argentina e
Chile, também cultivam uma uva emblemática, a difícil Tannat, que parece
ter encontrado seu terroir ideal.
Apesar de só estarmos falando de vinhos
tintos nestas três ultima colunas, chamo a atenção para os vinhos
brancos uruguaios que andam conquistando os paladares mais exigentes
mundo afora. Algumas cepas nada comuns no hemisfério sul como a italiana
Arneis, a ibérica Alvarinho, as francesas Marsanne, Petit Manseng e
Sauvignon Gris, além da alemã Gewurtztraminer, têm produzidos vinhos
muito interessantes.
Seguindo no estilo das colunas
anteriores, apresentamos os melhores vinhos começando pela Tannat, que
tem o seu melhor terroir bem na fronteira com o Brasil. Do lado de cá é a
conhecida região da Campanha Gaúcha, terra de alguns de nossos melhores
tintos.
17 vinhos foram laureados, eis os 3 melhores:
95 pts – Amat 2009 (R$ 245,00 - eleito o melhor tinto do Uruguai, título que conquista há alguns anos);
94 pts – Massimo Deicas Tannat 2008 (indisponível);
94 pts - Jano Tannat 2012 (R$ 173,00)
As tradicionais Cabernet Sauvignon,
Merlot e Cabernet Franc também fazem sucesso, mas foram as assemblages
que obtiveram as melhores pontuações:
94 pts – Libero Reserva 2011 - Tannat, Nero D’Avola e Sangiovese (R$ 70,00);
94 pts – Eolo 2010 – Tannat, Ruby Cabernet (R$ 85,00);
94 pts – Primo 2008 – Tannat, Cab. Sauvignon, P. Verdot, Merlot (indisponível)
O Brasil voltou ao Guia Descorchados
nesta edição, mas só com espumantes e apenas os do Rio Grande do Sul.
Destacaram-se entre os 18 melhores:
93 pts – Cave Geisse Terroir Nature 2009 (R$ 130,00);
92 pts – Adolfo Lona Pas Dose Nature (R$ 80,00)
92 pts – Casa Valduga Gran Reserva Nature 2009 (R$ 120,00)
Na dica de semana selecionamos mais um bom vinho do Uruguai.
Vinhos Verdes no Rio de Janeiro
No dia 2 de julho de 2015 a Comissão de
Viticultura da Região dos Vinhos Verdes promoveu, no Hotel Pestana - Rio
de Janeiro, um evento de apresentação de produtores desta região que
buscam representação no Brasil.
Atualmente os Vinhos Verdes são modernos,
pouco tendo em comum com alguns tradicionais produtos que ainda
encontramos à venda nos mercados. Um vinho que tem características
adequadas para ser consumido no nosso clima tropical: são leves,
refrescantes, descontraídos e de baixa caloria com um teor alcoólico
ligeiramente menor que o encontrado em outros vinhos.
Oito vinícolas estavam presentes com uma gama de
produtos que incluíam brancos, tintos, rosés, espumantes e até um IG
Minho de Touriga Nacional, único “não verde” neste evento:
Adega Ponte de Lima;
Adega Vale de Cambra;
Casa das Fontes;
Caves Campelo;
Quinta da Calçada – Adega do Salvador;
SAVAM - Solar de Serrade;
VERDECOOPE – União das Adegas Coop. da Região dos Vinhos Verdes;
Vinhos do Norte.
A variedade e a qualidade impressionaram.
Destaque para alguns espumantes, entre eles o Terras de Felgueiras
tinto, bem diferente.
As nossas escolhas ficaram com estes aqui:
Via Latina Alvarinho;
Tapada dos Monges Loureiro;
Solar de Serrade Reserva Alvarinho;
Dica da Semana: direto da relação “Super-Preço” do Descorchados. Recebeu 92 pts e tem um precinho muito camarada.
Viñedo de Los Vientos Tannat 2012
Apresenta cor rubi escuro.
No olfato percebem-se frutas negras maduras, notas de cacau e pimenta do reino.
Bem estruturado, taninos firmes, fresco, equilibrado, final persistente.
Harmoniza com: costela bovina no bafo, penne à
carbonara, rabada, carne ensopada com polenta mole, lasanha à bolonhesa
gratinada, pizza portuguesa.


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