Nosso próximo destino nessa jornada era a cidade do Porto, na foz do Rio
Douro junto ao Oceano Atlântico. Logo após o café da manhã fizemos o
check out e pegamos a bonita estrada que margeia o rio até lá. Um belo
passeio, com rápidas paradas para observar a paisagem e as eclusas que
permitem a navegação dos grandes barcos de turismo.
Chegamos ao nosso destino perto da hora do almoço. Após o check in no
hotel fomos para o Restaurante Cafeína, onde tivemos uma nada agradável
surpresa. Reparem no 1º prato a seguir:
Óbvio que houve uma saraivada de anedotas. A
garçonete afirmou que o dono do restaurante estava arrependido de ter
usado este nome, mas o prato era muito saboroso...
Para acompanhar os nossos pedidos, todos
baseados em peixes ou frutos do mar, escolhemos um delicioso vinho
verde, o Soalheiro Alvarinho 2008, que no balanço final de todos os
vinhos provados, foi considerado o melhor deles.
Um verdadeiro clássico, grande frescor, intensidade
aromática, boa mineralidade e acidez correta. Perfeita harmonização com
os nossos pratos.
No dia seguinte seguimos para o último
compromisso agendado com uma produtora de vinhos, visitar às caves da
Taylor’s, uma das mais respeitadas marcas de Vinho do Porto, seguido de
um almoço no seu restaurante, Barão de Fladgate, muito bem localizado e
com uma bela vista.
Atravessamos a pé a ponte que une as
cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, onde estão estas famosas “caves”.
Lá se respira Vinho do Porto que, a bem da verdade, deveria ser chamado
de “Vinho de Vila Nova de Gaia”, o que acaba sendo quase uma piada:
muitos afirmam que denominação “Porto” só vingou por ser um nome mais
comercial...
As fotos falam por si: frota de barcos
“Rabelo” que eram usados para transportar, originalmente, o vinho desde o
Alto Douro; o cais de Vila Nova com placas indicativas de todas as
marcas que existem por ali; degustação gratuita de quatro Portos
simplesmente por termos passeado no teleférico.
A visita é quase uma volta ao passado. Nada é produzido nestes galpões,
apenas é um lugar onde o vinho repousa até a hora de ser comercializado.
Fomos recebidos na sala de degustação e após uma breve exposição sobre a
história desta marca, seguimos para visitar as instalações.
Nas duas últimas fotos acima destaco, na esquerda, o maior
“balseiro” conhecido de Vinho do Porto e na direita a etiqueta de
preenchimento de um barril datada de 31/10/2014, véspera de nossa
visita. Retornamos à sala de degustação para provar três Portos: Chip
Dry, branco extra-seco, Late Bottled Vintage (LBV) e Tawny 10 anos,
todos deliciosos.
O elegante restaurante fica dentro deste
conjunto de prédios e homenageia o fundador da marca, o Barão Fladgate.
Nossa mesa, em posição privilegiada, permitia apreciar uma bela vista de
Vila Nova e do Porto.
O extenso cardápio tem ênfase nos saborosos frutos do mar e pratos regionais.
Para iniciar, abrimos um vinho verde rosé, o Casa do Valle.
Honestamente, não correspondeu às nossas expectativas, valeu mais pela
curiosidade. O próximo vinho, o Beyra Quartz foi uma escolha mais
acertada.
Um bom branco vinificado pelo enólogo Rui Madeira a
partir das castas Síria e Fonte Cal de parreiras com mais de 80 anos.
Recebeu nota 16.5/20 do Guia de Vinhos de Portugal. Estupenda refeição!
Na manhã seguinte partimos numa
preguiçosa viagem até Lisboa, passando por Óbidos e Sintra, onde
almoçamos no restaurante típico Curral dos Caprinos. Na capital, fizemos
os tradicionais passeios turísticos, com um importante destaque: uma
das mais conhecidas lojas de vinhos, a Garrafeira Nacional, afinal,
ainda havia espaço nas nossas malas.
Agradecimentos
Esta viagem teve como cúmplices diversos
amigos que vivem em Portugal. Foram inúmeras sugestões, infelizmente não
houve tempo suficiente para experimentar tudo.
Começo pelo meu amigo Maurício Gouveia,
de Mirandela, que nos presenteou com garrafas de um excelente vinho, o
Tejoneras, que ele representa no Brasil (http://emporiogouveia.com.br/). Foi o nosso guia até Vila Real indicando o excelente restaurante Cais da Villa. (http://www.caisdavilla.com/)
O leitor Laureano Santos, de Oeiras, foi
outro importante colaborador. Lamento não ter conseguido encontrá-lo,
mas conversamos longamente, por telefone, além de trocamos várias
mensagens durante a viagem. Teve a paciência de ler os meus roteiros e
fazer as correções e ajustes necessários. Por sugestão dele, provamos um
vinho da sua região, Conde de Oeiras Vinho de Carcavelos. Qual não foi a
nossa surpresa ao descobrir que ele havia participado da colheita da
safra degustada?
Outra peça importante foi o Duda Zagari
que organizou a visita e almoço na Taylor’s bem como sugeriu o passeio
de barco até a Quinta do Crasto. Duda mantem uma das mais badaladas
lojas de vinho do Rio de Janeiro, a Confraria Carioca (http://www.confrariacarioca.com.br/empresa.php).
Por último um agradecimento todo especial
ao casal Maria João e José, ela uma amiga de mais de 40 anos que morou
aqui no Rio e me cobrava esta visita há um longo tempo. Promessa
cumprida! Preparou um saboroso jantar em sua casa, com um belo tinto,
Casal da Coelheira Reserva, e um final delicioso com uma visita a uma
fábrica dos famosos Pastéis de Nata, quentinhos, saídos do forno por
volta das 22h. Só usando um adjetivo incomum: supimpa! Trouxe alguns
destes doces para o Rio...
A todos vocês, amigos, leitores e associados desta coluna, desejo um feliz natal e um ótimo 2015.
Até lá!
Dica da Semana: ainda é tempo de comprar um bom espumante para a festa de fim de ano, desta vez, produto nacional.
Domno Ponto Nero Brut Rosé
Cor rosada com reflexos brilhantes, perlage de borbulhas finas, delicadas e persistentes.
Aroma fino e delicado com notas de frutas vermelhas como morango e framboesa com toques de especiarias doces.
Extremamente equilibrado, de sensação aveludada e boa maciez e cremosidade.
Harmonização: Saladas, pratos
frios, peixes, camarão, massas com molhos pouco condimentados e
sobremesas não muito doces, a base de frutas vermelhas











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